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O Início do Início – A Imigração

Minha história como descendente de italiano começa muito antes do meu nascimento. Nem o meu pai ou mesmo o meu avô eram nascidos. Meu bisnonno (bisavô em italiano), Alfredo Mattioli, nascido em 1885 no Comune de Lizzano in Belvedere (Bologna), emigrou da Itália para o Brasil quando tinha apenas 23 anos, vindo acompanhado de sua esposa, Maria Chiara Lancioni. Isto ocorreu no final do ano de 1909. Não sei precisar o dia em que saíram da Itália, mas o registro de chegada é do dia 12/11/1909.

(Casal Mattioli por volta dos anos 1950)

Junto com eles, estavam Maria Marcacci (tia de Chiara) e Zoraide Mattioli, filha do casal, que faleceu no percurso de navio, razão pela qual não se sabe se ela, de fato, chegou a desembarcar no Brasil ou foi lançada ao mar (não há ninguém vivo que possa nos contar a história real).

Registro de Immigrantes

No Livro Registro de Immigrantes, consta que MATTIOLI, Alfredo, aos 23 anos, chega ao Brasil e é classificado como Agricultor. Note que na época, todos que emigravam eram basicamente agricultores. Naquele tempo, não existiam profissionais com formação, como ocorre hoje em dia. Na verdade, a maioria das pessoas não eram nem alfabetizadas e era raro possuírem um diploma (talvez por isso os mais velhos valorizem tanto isso atualmente).

Antes de partir para o Brasil, meu antenato havia trabalhado na construção de um túnel de 500 metros na Alemanha. Juntou um pouco de dinheiro para vir ao novo continente e veio sem nada a perder. Chegando aqui, se estabeleceu em Araucária/PR, onde constituiu sua família e criou os seus 12 filhos. Um destes filhos é o meu avô Attílio Mattioli, nascido em 1926 e grande amante das áreas rurais.

Curiosidade: Existe hoje uma rua na cidade de Araucária com o nome do meu bisavô, em sua homenagem, pois era um homem bem quisto na região.

Caso você, leitor, seja um descendente de Alfredo Mattioli, posso ajudá-lo em seu processo de reconhecimento da Cidadania Italiana. O nome dos doze filhos dele são:

  • Angelo (1910)
  • Nello (1911)
  • Zoraide (1915)
  • Henrique (1918)
  • Anna (1917)
  • Yolanda (1919)
  • Nahir (1921)
  • Emilio (1923)
  • Elvira (1924)
  • Attílio (1926)
  • Terezinha (1928)
  • Armando (1932)

Attílio se casou com a minha avó, Maria Teresa, no ano de 1963 (conforme certidão traduzida para o italiano, usada em meu processo de reconhecimento da Cidadania Italiana) e tiveram como filho primogênito o meu pai, Alfredo Mattioli Neto, no mesmo ano.

Os meus pais se casaram em 1985 em Curitiba/PR, cidade em que nasci. Eu, no caso, nasci em 1987. Me chamo Luiz Alfredo Mattioli, mas poucas pessoas me conhecem por Luiz. Me apresento como Alfredo Mattioli, por ser mais prático.

A cidade onde nasci e vivi por toda a vida, Curitiba, é uma das grandes concentrações de imigrantes Italianos no Brasil, o que por um lado é bom, pois temos bastante influência da cultura na cidade. Inclusive, há uma avenida muito conhecida (Manoel Ribas), que possui ótimos restaurantes de gastronomia italiana. Por outro lado, esta concentração tem seu lado negativo, que é o tamanho da fila de espera no consulado italiano para se obter o Reconhecimento da Cidadania Italiana.

No próximo artigo, vou falar sobre como iniciei a minha busca pela cidadania italiana. Até lá!